segunda-feira, 18 de junho de 2018

Cuidados de Enfermagem: Hanseníase

Dados do Ministério da Saúde (2009) apontam que no Brasil, a Hanseníase apresenta tendência de estabilização no número de casos novos. Entretanto, em algumas regiões como a Norte, Nordeste e Centro-Oeste, a doença encontra-se em patamares elevados.
Ações como a implantação dos esquemas de tratamento poliquimioterápico; o apoio da Organização Mundial de Saúde, da Organização Pan-Americana e das Organizações não governamentais; e a ampliação dos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde trouxeram impactos significativos na epidemiologia da doença.

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Saiba Mais

Conheça melhor sobre a epidemiologia da Hanseníase.
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Em 2009 o número de casos novos, na população total, foi de 374.610. Em menores de 15 anos, no ano mesmo ano, o número de caso novos foi de 2.669. (BRASIL, 2010a e 2010b)
A detecção de casos novos em menores de 15 anos é prioridade das políticas públicas de controle da Hanseníase no país, pois indica que a doença possui focos de infecção ativos e transmissão recente.
Por isso, uma das metas estabelecidas pelo Programa Nacional de Controle de Hanseníase (PNCH) para o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) é a redução de detecção de casos novos em menores de 15 anos de idade em 10,0%, no país, até 2011.
O alcance dessa meta proposta para o ano de 2011 depende da melhoria dos resultados de indicadores pactuados nas instâncias do SUS. Dentre elas está a cura dos casos diagnosticados precocemente, a vigilância de contatos - principalmente nos casos de menores de 15 anos, a avaliação e monitoramento dos acometimentos físicos presentes nos casos já diagnosticados tardiamente. (BRASIL, 2009b)
E nós da enfermagem como podemos atuar para contribuir na redução da transmissão e eliminação desta doença?
As atribuições da equipe de enfermagem com relação ao planejamento do cuidado de acordo com o Brasil (2002) são:
  • planejar ações de assistência e controle do paciente, família e comunidade com base no levantamento epidemiológico e operacional e participar de estudos e levantamentos que identifiquem os determinantes do processo saúde/doença de grupos populacionais, famílias e indivíduos;
  • encontrar as relações entre as condições de vida do paciente, e os problemas de saúde identificados e estabelecer prioridades entre tais problemas;
  • identificar como a população enfrenta seus problemas de saúde, destacando as maneiras que representam riscos;
  • definir as propostas de intervenção com base na sistematização e interpretação de informações;
  • realizar a programação de atividades, observando as normas vigentes;
  • estimar o material necessário para a prestação do cuidado a ser realizado.
Em relação à execução do cuidado, temos três eixos a serem trabalhados: a promoção da saúde, a prevenção de enfermidades e a recuperação em saúde.
PROMOÇÃO DA SAÚDE
a) Atribuições do enfermeiro e do auxiliar/técnico de enfermagem:
  • identificar os determinantes fundamentais da qualidade de vida da população: trabalho/renda e consumo de bens e serviços;
  • identificar as características genéticas, ambientais, socioeconômicas e culturais, que interferem sobre a saúde;
  • identificar as organizações governamentais e não governamentais na comunidade ou região, cuja finalidade contribui para elevar a qualidade de vida;
  • avaliar a qualificação de cada instituição no esforço conjunto para o equacionamento dos problemas de saúde, contextualizando as possibilidades e limitações das organizações do SUS;
  • promover a mobilização social, em parceria com agentes de comunicação e lideranças comunitárias, em torno das demandas e necessidades em saúde;
  • realizar ações de promoção da saúde dirigidas para grupos de risco ou para segmentos populacionais alvo dos programas institucionais de saúde;
  • realizar ações educativas para família e comunidade.
PREVENÇÃO DE ENFERMIDADES
a) Atribuições do enfermeiro e do auxiliar/técnico de enfermagem:
  • identificar os principais fatores ambientais que representam riscos ou causam danos à saúde do ser humano;
  • identificar os principais mecanismos de defesa/adaptação do ser humano às agressões do meio ambiente;
  • identificar as formas de interação entre os seres vivos, destacando o conceito de hospedeiro;
  • identificar as doenças transmissíveis e não transmissíveis prevalentes na sua região;
  • distinguir as doenças transmissíveis que são controladas por vacinas daquelas que são controladas por medidas de intervenção sobre o meio ambiente e outros meios;
  • identificar as alterações orgânicas causadas pela penetração, trajetória e localização dos agentes infecciosos no corpo humano, como base para o cuidado;
  • executar medidas de intervenção na cadeia de transmissão das doenças e outros agravos à saúde prevalentes na região;
  • identificar e notificar situações atípicas e casos suspeitos de doenças;
  • realizar medidas de controle de contatos;
  • monitorar a situação vacinal de populações de risco;
  • localizar áreas/ambientes que oferecem risco à saúde na comunidade;
  • realizar busca ativa dos casos;
  • executar ações básicas de investigação e vigilância epidemiológica.
RECUPERAÇÃO E REABILITAÇÃO EM SAÚDE
a) Atribuições do enfermeiro e do auxiliar/técnico de enfermagem:
  • prestar cuidados básicos de saúde à clientela alvo dos programas institucionais;
  • aplicar os procedimentos de intervenção, referência e acompanhamento, conforme as normas vigentes dos programas de saúde;
  • realizar visitas domiciliares;
  • aplicar técnicas simples de A.V.D. (atividades da vida diária), em pacientes de Hanseníase.
  • realizar coleta de material, segundo técnicas padronizadas;
  • realizar procedimentos semiotécnicos;
  • identificar as incapacidades físicas;
  • aplicar técnicas simples de prevenção e tratamento das incapacidades físicas;
  • fazer controle de doentes e contatos;
  • aplicar teste de Mitsuda;
  • efetivar medidas de assepsia, desinfecção e esterilização;
  • identificar precocemente sinais e sintomas que indiquem complicações no processo de evolução das enfermidades;
  • aplicar tratamento;
  • identificar e encaminhar pacientes com reações hansênicas;
  • identificar e encaminhar pacientes com reações medicamentosas;
  • identificar casos e encaminhar para confirmação diagnóstica;
  • fazer a dispensação de medicamentos.
b) Atribuições privativas do enfermeiro:
  • prescrever técnicas simples de prevenção e tratamento das incapacidades físicas;
  • fazer avaliação clínica dermato-neurológica;
  • solicitar exames para confirmação diagnóstica;
  • prescrever medicamentos, conforme normas estabelecidas;
  • executar tratamento não medicamentoso das reações hansênicas.
Após realizarmos essas ações, precisamos fazer um acompanhamento por meio da avaliação do cuidado prestado.
a) Atribuições do enfermeiro e do auxiliar/técnico de enfermagem:
  • organizar o trabalho, com base na programação do serviço, tomando por referência critérios de eficiência, eficácia e efetividade;
  • identificar e aplicar instrumentos de avaliação da prestação de serviços: cobertura, impacto e satisfação;
  • utilizar os meios de comunicação para interagir com sua equipe, com os demais integrantes da organização e com os usuários;
  • participar das atividades de pesquisa e de educação continuada em serviço;
  • participar na implementação do sistema de informação para avaliação epidemiológica e operacional das ações de controle das doenças, mediante produção, registro, processamento e análise dos dados;
  • participar da organização e manutenção dos prontuários e arquivos de aprazamento;
  • fazer aprazamento da clientela.
b) Atribuições privativas do enfermeiro:
  • realizar supervisão e avaliação das atividades de controle das doenças;
  • planejar as atividades de busca de casos, busca de faltosos, contatos e abandonos;
  • estabelecer a referência e contra referência para atendimento em outras unidades de saúde;
  • gerenciar as ações da assistência de enfermagem;
  • fazer previsão e requisição de medicamentos, imunobiológicos e material de consumo.
Analisando essas atribuições, percebemos como é importante a constante atualização do profissional da saúde. A educação continuada é essencial para uma atenção humanizada e de qualidade.

Para o Programa Nacional de Controle da Hanseníase, a comunicação e a educação em saúde são componentes essenciais. As práticas para controle da Hanseníase devem basear-se na política de educação permanente e na política nacional de promoção da saúde. Essas atividades compreendem a atenção integral, o acompanhamento dos contatos domiciliares, a promoção do autocuidado, e, principalmente, a prevenção e tratamento de incapacidades físicas e suporte psicológico, durante e após o tratamento. Essas ações devem ser conduzidas sempre em consonância com as políticas vigentes.

FONTE: http://www.jornadaead.com.br/cofen/atualizacoes/Atualizacao_21-O_papel_da_enfermagem_no_cuidado_ao_paciente_com_Hanseniase-NT1-UE5.html

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