quinta-feira, 5 de julho de 2018

Sucesso no Rio, hamburguerias artesanais invadem a Zona Norte

Lanches gourmet ultrapassam a fronteira do circuito Zona Sul-Barra e chegam à região

RIO - Cada vez mais as hamburguerias artesanais ganham espaço no Rio. Mas engana-se quem pensa que elas são exclusividade do circuito Zona Sul-Barra. Na Zona Norte, onde o “podrão” sempre foi rei, esse tipo de lanche gourmet também já pode ser facilmente encontrado. A qualidade é similar à das casas localizadas do outro lado do Túnel Rebouças.
Inaugurada no último mês de novembro, o Bronx Burger é a nova hamburgueria artesanal do Cachambi. Nascidos e criados no bairro, o publicitário Pedro Barbosa, o administrador Paulo Barboza e o operador de mercado financeiro Rodrigo Espindola enxergaram na falta de opções da região uma boa oportunidade para começar o negócio.
— Passamos dois anos trabalhando no projeto. E identificamos que os moradores do Cachambi e do Méier estavam indo para outros bairros atrás da novidade. O conceito de hamburgueria artesanal começou em São Paulo e só depois veio para o Rio — conta Pedro Barbosa, o único do trio de amigos que saiu do bairro e hoje mora na Barra da Tijuca.
Paulo Barboza completa:
— Fazíamos parte da classe média que precisava sair do bairro em busca de lazer.
Como quem bebe perto de casa não precisa dirigir, o Bronx oferece em seu cardápio rótulos próprios de cerveja, harmonizados com suas quatro opções de hambúrgueres.
— O Bronx Burger (R$ 19) é o mais pedido. São 200 gramas de carne, queijo prato, com alface crespa, tomate em rodela, uma tira de bacon, maionese, páprica e pão. O cliente pode escolher entre três pães artesanais: o tradicional, com leve essência de abóbora; o de cerveja preta com cacau, tipo australiano; e o pão vermelho de pimenta biquinho — explica Espindola.
A carne é moída e temperada no local. Como diferencial, recebe um tempero específico, feito no próprio Bronx. Do que ele é feito? Os sócios fazem segredo.
Hambúrguer Vegetariano do Bronx, com pão vermelho de pimenta biquinho - Hermes de Paula / Agência O Globo
Outro destaque da casa é para quem prefere uma refeição mais leve: o hambúrguer vegetariano. De cor rosa, é feito com massa à base de ovos e leva palmito, pimentão, alface, tomate, molho rosé de ervas finas e queijo prato (R$ 21).
Enquanto os amigos do Cachambi começam a se destacar na região do Grande Méier, na Avenida Democráticos, em Bonsucesso, o Garga’s Lanches já faz sucesso com seus hambúrgueres artesanais.
De propriedade do casal Cristiane Lanor e Renato Macedo, moradores de Olaria, o estabelecimento começou a funcionar como um pequeno bar. A casa existe há quatro anos, mas apenas em meados de 2014 os dois decidiram investir na iguaria.
— Sempre gostei de inventar na cozinha. E comecei a ouvir pela televisão que os hambúrgueres artesanais estavam se tornando um diferencial em várias casas. Foi quando decidi investir — conta Cristiane, que há três anos transformou o local numa lanchonete.
Cruel é o hambúrguer mais pedido no Garga’s Lanches, de Bonsucesso - Bárbara Lopes / Agência O Globo
No Garga’s (o nome veio do apelido de Renato, Gargamel, uma alusão ao vilão do desenho animado “Os Smurfs”), o cliente pode escolher entre quatro opções de hambúrguer.
— Nosso destaque é a carne, que pesa entre 350 e 400 gramas. Todos os sanduíches são grandes, mas cada um tem um sabor diferente. O maior de todos é o Gargamel (R$ 20,70). São duas carnes misturadas com bacon, duas fatias de queijo cheddar e uma de prato, salada, molho especial e cebola ao barbecue — conta a proprietária.
A casa oferece ainda o Cruel (R$ 14,79) que, segundo Cristiane, é o sanduíche mais pedido. A carne é servida recheada com duas fatias de queijo, bacon e molho parmesão.
— Somos os únicos da região. Tivemos até proposta para nos tornarmos uma franquia. Estamos em negociação — conta Cristiane.

ARTESANAIS ROUBAM A CENA
No Ventura, o chef André Ventura utiliza cortes diferenciados para preparar o hambúrguer, como o de picanha suína - Bárbara Lopes / Agência O Globo
Morador de Brás de Pina e estudante do último período do curso de Gastronomia da Unisuam, em Bonsucesso, André Luís Ventura aprendeu a fazer hambúrguer artesanal na faculdade. Ao abrir um restaurante na Vila da Penha, em julho do ano passado, decidiu testar o que aprendera nas aulas.
— Comecei servindo apenas almoços. Mas, como sempre gostei de hambúrguer, passei a me aprofundar no assunto. No curso, descobri que são colocados vários conservantes nos sanduíches industrializados. Além disso, muitas vezes as carnes são misturadas e sem origem. O corte também é uma incógnita — conta Ventura. — Desde o início, minha proposta foi a de reduzir ao máximos os corantes e outros produtos químicos. Tanto é assim que faço os molhos aqui.
Em janeiro, depois de entrar no ramo dos sanduíches gourmet, o chef mudou o nome do estabelecimento. De Artesanal passou a se chamar Ventura Burger Artesanal.
— O objetivo passou a ser desafiar o paladar das pessoas. Por isso não uso cortes tradicionais. Preparo hambúrgueres à base de palmito, coração de galinha, camarão, rabada, carne-seca e picanha suína. E tenho um fornecedor de pão que não trabalha com conservantes — conta o proprietário.
No Ventura, o cliente monta seu próprio sanduíche. Ele escolhe uma carne, ou qualquer outro recheio principal (a média é de 160 gramas). Depois, tem à disposição oito opções de pães, cinco de queijos, cinco de molhos e quatro acompanhamentos. Também pode adicionar ovo, bacon, mais queijo ou mesmo carne.
— O mais pedido é o de contrafilé, por uma questão cultural. Muitos clientes, principalmente os que ainda estão conhecendo a casa, ficam com medo de errar — acredita Ventura.
O chef Yasser Regis, do Ex-Touro: a boutique de carne que se tornou hamburgueria - Hermes de Paula / Agência O Globo
Quem também entrou no nicho dos hambúrgueres artesanais por “amor à carne” foi o chef Yasser Regis, do Ex-Touro. A casa localizada no Cadeg, em Benfica, abriu suas portas em março do ano passado, destinada a ser uma “butique de carne”, como define o proprietário.
— Sou extremamente carnívoro. Como carne todos os dias. E sempre fiz hambúrgueres para os meus amigos de maneira informal — conta Regis. — Depois, eu mesmo comecei a desenvolver as receitas. Hoje em dia, ao contrário do projeto inicial, a casa é muito mais uma hamburgueria.
O estabelecimento tem cinco receitas diferentes no cardápio. O destaque é a que leva o nome da casa. O Ex-Touro (R$ 24,90) vem com um blend de 200 gramas de contrafilé, fraldinha, acém e bacon, queijo prato, maionese, alface e tomate, em um pão artesanal de cerveja.
Outro campeão de vendas é o Suíno (R$ 24,90), feito com hambúrguer de 200 gramas de carne suína, queijo cheddar, cebola caramelizada com teriyaki caseiro (molho japonês usado para dar sabor agridoce à cebola) e abacaxi no pão de bacon.
Regis desenvolve o máximo de ingredientes possíveis no local.
— Só não planto o alface e o tomate, nem ordenho a vaca para fazer o queijo. O resto, é tudo preparado aqui — brinca o chef.
SUCESSO QUE VIROU FRANQUIA
O Zacks começou com uma loja no Centro e acabou se tornando uma franquia. Entre os destaques no cardápio estão o Manhattan (foto) - Bárbara Lopes / Agência O Globo
Antes mesmo de virar moda, muita gente já apostava no hambúrguer artesanal. É o caso de Eliane Vital, gerente geral da rede Zacks. A franquia foi aberta no Centro, em 2007, e logo se espalhou pela cidade (são sete unidades, inclusive no NorteShopping).
— Inauguramos com o conceito gourmet e receitas originais, produzidas na loja. Mas com o aumento da demanda, tivemos que terceirizar a produção da carne — diz Eliane.
São sete hambúrgueres no estilo artesanal. O destaque é o Manhattan (R$ 25,90), feito com pão, carne, bacon, picles, queijo cheddar, tomate e alface, acompanhado de batata frita.

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